Embalada por títulos recentes, Argentina chega ao Catar “confiante” para levar a Copa

As quase três décadas de desgosto e derrotas dolorosas da Argentina em grandes finais chegaram ao fim no ano passado, quando o país conquistou a Copa América. Agora, após a vitória sobre o Brasil, a equipe de Lionel Scaloni vai à Copa do Mundo com confiança. A convocação oficial dos argentinos foi feita na sexta-feira (11) – veja a lista abaixo.
Tendo perdido pela última vez na Copa América de 2019, “La Albiceleste” partirá para o Catar após uma sequência de 35 jogos invictos e como um dos favoritos para encerrar o domínio europeu de 16 anos na Copa do Mundo.

Muito do crédito por vencer uma grande final após seis tentativas fracassadas vai para Scaloni, o treinador de 44 anos que passou de assistente de Jorge Sampaoli para treinador principal.

A federação argentina confiou a missão de reconstrução a Scaloni, que assumiu após a eliminação na Copa do Mundo de 2018 nas oitavas de final. Com ele no comando, a Argentina conquistou a vitória na “Finalíssima” de 2021, derrotando a Itália, campeã da Euro, com facilidade.
A vitória sobre os italianos foi impressionante não apenas pelo estilo de jogo e pelo placar de 3 a 0, mas também porque as equipes sul-americanas não vinham competindo de forma competitiva contra as europeias nos últimos anos.

A Argentina foi durante muito tempo conhecida por seu ataque poderoso, mas foi prejudicada por uma defesa e meio-campo vulneráveis. A primeira tarefa de Scaloni foi mudar esse cenário.

Jogadores veteranos foram substituídos por jovens talentosos e famintos, enquanto Scaloni implementava sua visão de uma equipe de sucesso que mais tarde seria apelidada de “La Scaloneta” – a casa que Scaloni construiu.

O goleiro Emiliano Martínez, o zagueiro Cristian Romero e o meio-campista Rodrigo De Paul se tornaram a espinha dorsal da nova equipe, aliviando a carga sobre os ombros de Lionel Messi.
O estilo de jogo baseado na posse de bola, com jogadores como Leandro Paredes e De Paul ditando o ritmo, permitiu que Messi se envolvesse mais no campo, onde é mais letal.

Messi foi incentivado pelas mudanças e pela astúcia tática de Scaloni, tornando-se mais determinado a ter um desempenho de destaque pela Argentina.

O jogador de 35 anos foi o melhor da Copa do Mundo de 2014, quando quase repetiu o sucesso de Diego Maradona ao levar a Argentina à glória, apenas para ser derrotado na final pela Alemanha.

Messi é o único membro remanescente daquela equipe titular no Estádio do Maracanã. No entanto, desta vez ele conta com o apoio de um elenco construído por Scaloni para conquistar não apenas vitórias, mas também títulos.